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Tipo: Série    Dimensão: 24 Livros    Datas: 1220,1251,1258,1288, 1301,1397
Auxiliares de Pesquisa: L 278-280
História:
Inquéritos mandados efectuar pelos monarcas, nos séculos XIII e XIV, com o objectivo de averiguar o estado de seus bens e
direitos. Integram-se num contexto de medidas de fortalecimento do poder real e de centralização administrativa. Visavam impedir os abusos de laicos e de eclesiásticos, relativamente a reguengos, terras e padroados da Coroa, quer no respeitante à cobrança de direitos, quer no tocante à usurpação ou abuso de jurisdição. A grande maioria das inquirições foi feita a norte do rio Mondego e, fundamentalmente, a norte do rio Douro, o que pode ser explicado pelo maior fraccionamento da propriedade. Com excepção de alguns inquéritos efectuados por D. Teresa e por D. Sancho I, pode considerar-se que se iniciaram com D. Afonso II em 1220, incidindo nas regiões de Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes e Beira. No reinado de D. Sancho II realizaram-se no termo de Lisboa, aos bens de algumas ordens religiosas, e em Sátão, na Beira Alta. D. Afonso III ordenou inquirições gerais em 1258; D. Dinis em 1284, 1288, 1301, 1303 e 1307; D. Afonso IV em 1335, 1343 e em 1339 no Porto, na sequência do antagonismo entre o rei e o bispo. D. Fernando, em 1373, ordenou inquirições no Alto Alentejo, e em 1395 a várias regiões da Beira. Eram efectuadas por comissões de inquérito nomeadas pelo rei, as chamadas alçadas, compostas por pessoas eclesiásticas e seculares, em número variável. Como o inquiridor era, geralmente, um valido do rei que desconhecia a zona, eram convocados localmente os "homens bons". Os questionários eram pré-definidos e as declarações dos inquiridos eram registadas segundo a hierarquia: juiz, pároco, vizinhos. Os nobres e clérigos regulares não eram ouvidos. As informações obtidas serviram, por vezes, de base para legislação.
Descrição:
As Inquirições fornecem informações sobre a demografia da época. Permitem, igualmente, cartografar a propriedade, sobretudo a régia, arrolando as propriedades (casais, herdades, courelas, coutos, etc., os foreiros, os direitos, novos e velhos, de reguengos e de foros, de padroados de igrejas, e a forma como deviam ser cobrados. Funcionam, igualmente, como fonte para a história política, reflectindo os conflitos que opunham a Rei à Igreja, aos concelhos, aos senhores ou cavaleiros vilãos.