Estatutos
Actividades
Apoios
Sócios
Inscrição/Quotas
Livraria
Contactos
História
Roteiro
Indice Temático
Indice Analítico
Sala dos Índices
Arquivos Distritais
Bibliografia
Bases de Dados
Paroquiais
Ajuda
Roteiro Índice Temático Bases de Dados Contactos
Tipo: Fundo (Colecção)    Dimensão: 4 cartas    Datas: 1872-1875
Auxiliares de Pesquisa: Não dispõe de instrumento de descrição específico.
História:
Jesuíno Ezequiel Martins, filho de Luís António Martins e de Ana Joana Martins, nasceu em Lisboa, a 23 de Maio de 1822.
Terminou o curso da Escola do Comércio em 1838 e em Março de 1840 entrou como praticante para o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Em Novembro desse ano foi promovido, no quadro da Secretaria de Estado, a amanuense de 2a classe; em 1849 a amanuense de la classe; em 1855 a oficial ordinário graduado; em 1857 a efectivo; em Novembro de 1867 a I" oficial da Direcção Diplomática e Política; em Dezembro do mesmo ano foi nomeado chefe de Secção do Norte da mesma Direcção. Em 1869 passou para a Direcção dos Consulados e dos Negócios Comerciais, sendo promovido, em 1872, a subdirector.

Desempenhou, sem nomeação especial, várias comissões de serviço público, à excepção da de vogal da comissão, com o objectivo de rever o regulamento da cobrança de emolumentos consulares no Brasil, em Setembro de 1872.
Desenvolveu actividades jornalísticas desde 1852, colaborando no Jornal do Comércio, Opinião, Diário de Notícias, Espectro da Granja, Economista, e no Boletim Oficial do Grande Oriente Lusitano Unido. A partir de 1866 publicou, de forma regular, a folha A expressão da verdade, de que foram publicados 3 volumes completos entre 1866 e 1868, destinada exclusivamente à Maçonaria.

Documentação comprada à Livraria Biblarte, em 1992.
Descrição:
Cartas enviadas a Jesuíno Ezequiel Martins por José Maria Eça de Queirós (1845-1900), filho de José Maria de Almeida Teixeira de Queirós e de Carolina Augusta Pereira de Eça, formado em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1866, enquanto cônsul de la classe, carreira para a qual concorrera em Setembro de 1870. Três das cartas são enviadas de Havana, para onde partira em Novembro de 1872 .. Uma apresenta a data de Novembro, presume-se que de 1872, na qual informa da sua entrada em funções; outra, de 4 de Dezembro de 1873, refere o envio da correspondência do consulado relativa aos dois primeiros trimestres e de um relatório, onde era explicada a situação económica do mesmo, a proveniência dos rendimentos auferidos e a dificuldade sentida pelo cônsul em fazer face às suas próprias despesas; a terceira, sem data, refere, para além das questões económicas do consulado, a questão dos "coolies" (trabalhadores assalariados, de origem indiana ou chinesa), a convenção a realizar com Espanha acerca deles, moldes em que deveria ser feita e problemas que envolvia.
A última carta é enviada de Newcastle, onde Eça de Queirós foi colocado em 29 de Novembro de 1874 e onde permaneceria até 1878. Apresenta a data de 4 de Fevereiro de 1875. Nela dá conta dos motivos do seu desagrado face ao novo consulado, e aponta as limitações do regulamento consular.